quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

AO QUE FINDA, AO QUE INICIA


Um brinde
à santa paciência dos homens de boa vontade, à inclusão do amor, ao coração breve, à equanimidade, à noite escura que pressente a madrugada, ao Espírito que nos aquece, ao alívio da dor, aos amigos, aos que nos cercam – e um perdão aos que nos ferem , aos que nos esquecem...

Bebamos à saúde
de Bagdá, Telavive, Palestina e Nova Iorque, das Áfricas de sul a norte, da Europa, Ásia e Islândia, dos Lamas, do cordeiro de Deus, do papa, das madrassas, dos avatares, dos babalorixás, da boa política de todos os credos, das Américas de toda sorte, do continente australiano, das ilhas, dos oceanos, dos pingüins da Antártida, dos ursos do Pólo Norte...

Uma saudação
aos judeus, cristãos e mulçumanos, aos mouros, hindus e budistas, aos celtas, índios , beduínos, esquimós, pigmeus, ( aos eventuais alieníginas), aos místicos, aos peregrinos, aos românticos, aos ateus, aos poetas errantes, aos bem resolvidos e aos que sofrem – os do mundo excluídos, os encarcerados, os terminais e delirantes - ao velho e à criança, aos grandes e pequeninos...

Loas
aos pássaros de toda plumagem e canto, aos insetos, répteis e sapos, à dança da chuva, à alquimia do sol, às folhagens, ao pólen, aos cristais de quartzo, aos riachos, à lua, aos céus, ao solo, aos planetas, aos meteoritos e pirilampos, aos buracos negros e às intransponíveis galáxias – e à arte maior que a tudo abraça e que de tudo se encanta...

Uma libação
aos vivos e aos mortos, ao ano que se desmancha, e ao que principia, à Terra, à nossa espoliada casa, ao dia-após-dia, à boa palavras, à nossa jornada, à luz da ciência, ao protocolo de Kioto, a Você, a Mim, à nossa imensa família, aos vários sexos e raças, às nossas diferenças e igualdade, à utopia, a um novo milênio , à esperança de um novo mundo com mais LUZ e TOLERÂNCIA, a um DEUS, enfim, maior à nossa própria imagem, às cores, à boa palavra, ao arco da nova aliança.


( Fernando Campanella, 31 de Dezembro de 2006)

Santa Bárbara



Minha Santa Bárbara
Senhora de mim
Luz que alumia
Por misericórdia, alumia
(Esse povo bom da Bahia)
Nos livre das tempestades
Desse mundo
Dos raios dessa vida nos proteja
Dona das rosas vermelhas
Soberana divina
Que assim seja
Quatro de dezembro
Tudo é festa
Tudo é paz
O amor se refaz
Em sua glória
E a seus pés
Peço misericórdia
E graça
Agora e sempre
Para seus fiéis

Santa Bárbara que paira sobre as sombras
E serena resplandece em cada um que faz o bem
Aceita a minha prece,
Amém

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Vôo da Fênix


Ressurgi das cinzas da minha história,
retratos, memórias de um vendaval.
Renasci do pranto dessa vitória,
retalhos de tempo, de um temporal.

Eu voltei pro ninho,
regressei no tempo,
nas asas do vento me deixei levar.
Eu voltei pro ventre,
alma, corpo, mente, e me senti tão só.

Por um instante parecia estar há séculos daqui,
há milhares de anos luz de qualquer lugar.
Era como se a vida começasse ali,
era morte, era fogo a incendiar.

Eu me vi menina,
me lancei sem medo.
Como se fora segredo, silenciei.
E foi um vôo lento.
Um sopro forte, sereno: ressuscitei.

Por um instante parecia estar há séculos daqui,
há milhares de anos luz de qualquer lugar.
Era como se a morte se apresentasse ali,
era fogo, era vida a recomeçar.

Receita de Ano Novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu amigo e minha amiga, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O VALOR DA AMIZADE



Você já parou para pensar sobre o valor da amizade?

Às vezes nos encontramos preocupados, ansiosos,
em volta há situações complicadas, nos sentindo meio que perdidos, mas somente o fato de conversarmos com um amigo, desabafando o que nos está no íntimo, já nos sentimos melhor, mesmo que as coisas permaneçam inalteradas.

Quantas vezes são os amigos que nos fazem sorrir quando tínhamos vontade de chorar, mas a sua simples presença traz de volta o sol a brilhar em nossa vida.

A simplicidade das brincadeiras pueris, da conversa informal,
momentos de descontração que muitas vezes pode ser numa conversa rápida ao telefone, no vai e vem do dia ou da noite,
no ambiente de trabalho ou de escola, enfim, em qualquer lugar a qualquer hora.

Entretanto, não existe só alegria, amor, felicidade nesta relação que como em qualquer outro relacionamento,
passa por crises passageiras, por momentos intempestivos, abalos ocasionais.

Ainda que tenhamos muito carinho pelo amigo em questão,
às vezes por insegurança, por ciúme, por estarmos emocionalmente alterados ou nos sentindo pressionados,
acabamos sendo injustos com ele e isso pode ser recíproco.

Podemos comparar esse elo de amizade ao tempo que passa por alterações climáticas constantemente, mas é dessa forma que aprendemos a nos conhecer, compartilhar momentos, que se desenvolve uma amizade.

Diante do amigo somos nós mesmos, deixamos vir à tona nossos pensamentos a respeito das coisas, da vida, nos mostramos como verdadeiramente somos.

Há amigos que nos ensinam muito, nos fazem enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido,
compartilham a sua experiência conosco, nos falam usando da verdade que buscamos encontrar.

São eles também que nos chamam a razão, chamando a nossa atenção quando agimos de modo contraditório, que nos dizem coisas que não queremos ouvir, aceitar, compreender.

Ao longo de nossa vida muitos amigos passam por ela e nos deixam saudade, mas também deixam a recordação de tudo que foi vivido.

É na amizade verdadeira que encontramos sinceridade, lealdade, afinidade, cumplicidade, simplicidade, fraternidade.

Amigos são irmãos que a vida nos deu para caminhar conosco ao longo da nossa jornada espiritual, extrapolando os limites do tempo, continuando quando e onde Deus assim o permitir.

Amigos, o que sou sem vcs?
Agradeço a Deus por tê-los, pelo carinho, companheirismo, dedicação, amor, puxões de orelha e até discussões(que fazem parte...), conselhos e observações e mta PACIÊNCIA que tiveram...Nunca esquecerei e sempre estarei com vcs...
E a dois, que estão chegando devagar e que estão aqui comigo(um mais perto e outro mais longe - vcs sabem quem são!!!), sempre com alguma palavra carinhosa ou um conselho, ou mostrando que na vida é preciso ter paciência, que td no final se resolve de alguma forma.
Que Deus sempre os abençõe!!!
Todo meu agradecimento, e que neste Natal e Ano Novo vcs possam ser presenteados com o mais puro amor no coração e que Deus lhes dê em dobro td que fizeram e fazem por mim...
(Acho que não preciso citar nomes...)
Todo meu amor pra vcs...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Onde chegar?


Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora


Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

É mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ao Vento


Fica comigo, mas não posso pedir ao vento
que sopre ao alcance de meu ouvido,
ou à terra que abençoe nossos longos segredos
- nem mesmo da luz querer ouso
que se demore em meu abrigo.
Quando os dados lançados e até meu silêncio
contra toda certeza parecem que conspiram
- e caso os dedos do mundo
em suas unhas recurvas nos firam -
releva, e fica comigo, os anjos sabem mais alto
daquilo em que insisto, do que preciso.

Fernando Campanella

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

...Eu te desafio a me amar...


Nos dias em que
aprendi amar o teu olhar
Nos lírios em que
começei amar os teus lábios
Foram petálas de amor
No vermelho da paixão.

Foi qaundo meu coração bateu
Por ti
Na porta do paraíso
Em busca dos teus
únicos e delirantes
beijos.

Foram soluços
vários
Quando me peguei livre
Entre seus lábios vermelhos.

A mesma cor
A mesma intensidade
Da rosa saltada sobre tua canção
Quando me destes teu terno coração.

Não foram folhas ao vento
Foram flores de um casamento
Que ainda não foram.
Mas já afloraram os sentimentos.

Sentimentos perdidos
Vendidos
Para que eu compre
Toda vez em que me vejo perdido
Entre tuas carícias
De um amar sem malícias.

Surgiu na tarde
Em que verde era o mar
Em que a pétala sonhava
Com lírios de um amor maior.

Mas foi quando abri meus lábios
Pela primeira vez junto aos teus
Que sonhei com rosas
Que me vi entre lírios
Flores de um amor eterno
Coros de um amar divino.

IMAGINE EU E VC...