
E passa o tempo, passa a vida e o fim acena,
a quem ousou crer no infinito do caminho.
Tudo é momento, esta jornada é tão pequena...
Mas é tão longa ao que a percorre sem carinho.
O sol... A lua... E se repete a mesma cena...
O encanto, o riso, o pranto... A rosa e seu espinho...
A enxerga estéril... O leito envolto em açucena...
A mão fraterna... E o egoísmo vão, daninho.
E passa o tempo, passa vida... Em passo breve,
sempre há percalço, desencontro... E o fado escreve
a regra austera desse jogo de xadrez,
onde findamos, todos nós, na mesma caixa...
Que num minuto, em xeque-mate, à terra baixa...
Só quem amou, além do véu, vive outra vez!
- Patricia Neme -

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